Aventuras na prática da modalidade de Kitesurf

Um espaço dedicado às minhas aventuras relacionadas com este desporto...

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Um dia que prometia...


Acordei com o habitual sorriso de quem vai à praia com a certeza que vai praticar “kitesurf”, pois o “Guru dos Ventos” já tinha anunciado vento para dia de hoje. Não perdi tempo com nada que não fosse útil. Inutilidades não são de todo bem-vindas para quem tem algo de importante para fazer… Fiz tudo o que tinha para fazer nesta manhã de modo célere e com um sorriso sempre presente nos lábios, pois tudo prometia para ser uma belíssima tarde: vento, sol e mar pouco agitado...
Chego ao “spot” constato que a previsão do meu querido Guru (às vezes não é quando me prega grandes partidas…) estava perfeita: a praia está magnífica, quase deserta, o vento silva com intensidade, o mar apresenta-se de cor azulada e cristalina:
- Perfeito! – exclamei com intensidade.
Já não praticava kite há uma semana e tudo conjugava: boa disposição, vento, bom tempo e água como já não via há algum tempo. De imediato carreguei o material que de pronto o preparei.
- É hoje!
Estou na fase de dar saltos. É deveras divertido: ficar suspenso no ar e verificar que a queda vai ser brutal, pois o mar fica distante quando lá nas alturas olho para baixo.
Levantei a asa, consequentemente entrei na água e comecei a subir o vento. Este estava de Norte e a 17 nós, bem medidos pelo anemómetro que sempre me acompanha para as deslocações para o efeito. Dei uns belíssimos saltos. Uns com as habituais quedas aparatosas e outros com aquela naturalidade de quem pratica há uns anitos, isto é: á pró!
Um estranho nevoeiro aparece de súbito. O mar que estava azul claro e cristalino, começa a ficar, sem demora, verde-escuro e sombrio. O vento começa a perder intensidade e pronto: foi sol de pouca dura! No entanto, enquanto durou… ;)



 Abraços e bons ventos!



Filipe Massa Babo
Marco de Canaveses

sábado, 13 de março de 2010

Um dia daqueles....


Acordei com um raio de sol a cintilar no meu olho direito. Eram 10 horas, pois é Sábado! Tenho-o como um dia de descanso tal como o Domingo é dia para a família. Abri a persiana e consequentemente a janela, estava uma temperatura agradável para uma manhã de Março. De imediato fui consultar o "Guru dos Ventos" (windguru), a coisa prometia lá para os lados de Esposende: 13 nós e vento de Norte! Partilhei a informação com a minha mulher que de imediato sugeriu que levasse os miúdos para poderem "espraiar".


- Meninos querem ir para Ofir?!

Resposta óbvia: QUEREMOS!!!


Preparamos o material de kitesurf e de bodyboard e pusemo-nos a abrir para Esposende, mais concretamente para a praia de Ofir. Quando nos aproximamos da praia o vento fazia-se ouvir. Saí do carro para averiguar o estado do mar e, claramente, do vento. O mar prometia, ondas relativamente baixas, bastantes carneirinhos no mar, pelo que de acordo com a escala de Beaufort deveriam estar entre 25 a 35 nós. A areia percorria junto à praia a grande velocidade, à velocidade do vento...

Entrei no carro a bater o dente. Falei com os meus filhos Joana e Guilherme explicando o estado do tempo e que provavelmente não poderiam ir ao mar... Não ficaram desanimados. A Joana decidiu ficar pelo carro a ouvir música e a estudar. O Guilherme optou por ir comigo, montar a tenda "two seconds" num local abrigado pelas dunas e ler um livro ao som de um musicol do "mp4", enquanto eu me preparava. Coloquei a asa (kite) no ar e constatei que a coisa estava para homens de barba rija. Não desanimei e entrei pelo mar dentro com aquele verdadeiro espírito de aventura: bora lá!

Após umas não-sei-quantas cambalhotas e mais umas peripécias lá consegui velejar por uma boa distancia. Mas não demorou muito o vento começou a soprar demasiadamente, a asa caiu subitamente na água embrulhando-se nas linhas e a coisa complicou-se... de imediato accionei os sistemas de segurança e vim a nado para terra, ficando a asa no mar ao sabor do vento...

O Guilherme e a Joana já se encontravam no mar, pois não demoraram muito a conseguir lidar com a impaciência de estar ao lado do mar com tudo que é necessário e não praticar bodyboard. "Pergunta ao cego se quer ver..." Preocupados por me verem sem a asa contei-lhes o sucedido e fui descendo a praia acompanhando a asa. Por perto já se encontrava um praticante com a intenção de ajudar a com diversas tentativas de trazê-la para terra - pois de facto nesta modalidade existe um espírito de entre-ajuda muito invulgar noutras modalidades. Frustrado veio ter comigo e contou-me que as linhas estavam bastante enroladas e que pouco havia a fazer senão esperar que o mar me devolvesse a minha querida asa, da Best, modelo Waroo 9, respectivas linhas e a barra.

Não demorou muito e a asa foi embater, contrariando as minhas expectativas, contra a barra enrolando-se em volta das rochas... Enrolei-o e meti-me a caminho de volta para o carro com um óbvio sorriso nos lábios comentei com o colega que me tinha tentado ajudar que já não vinha ao mar desde Outubro... e é assim, quem anda por gosto não se cansa!...








Marco de Canaveses
Sábado, 13 de Março de 2010.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Mais um dia perfeito para o Kitesurf...




Despertei e com aquela certeza que estava vento na praia levantei-me emocionado; os raios de sol espreitavam pelos orifícios da minha persiana: belíssimo dia...

Após os preparativos necessários, para a tão almejada viagem - encontrava-me de jejum há uns tempos - arrancamos em direção à aventura, mulher e filhos, música favorita de fundo, tudo se conjugou para mais um dia daqueles: feliz!

Chegamos à praia. O vento ainda não tinha chegado, normal àquela hora. Após a preparação da tenda, tapa vento e guarda-sol, habitual mergulho em família: A Diana, minha mulher, grávida com o meu filho Gustavo na barriguita, de 7 mesinhos, mergulhou e por ali ficou a boiar como ela tanto aprecia; O Guilherme, meu filho do meio, com a sua prancha de bodybord, após algumas insistências, lá conseguiu apanhar a onda que tanto queria. A Joana, minha filha mais velha, andou por ali a vaguear, na sua bodyboard, até apanhar a big one; e eu, o pai destes meninos todos, fiquei por ali a fazer a reza do vento...

Quinze horas, o vento começa a dar sinal e começo com os preparativos: encher a asa, a esticar as linhas…

Dezasseis horas, o ventinho já estava no ponto: Água!

As sensações são inefáveis; a beleza daquela água e do céu pintado de um azul preencheram-me o momento: carpe diem!

Deixo por aqui algumas fotos para mais tarde recordar...

Abraços!